Folclore é o conjunto de crenças, superstições, lendas, festas e costumes de um povo passado de geração em geração. A palavra Folclore vem do inglês pela junção das palavras folk (povo) e lore (sabedoria popular) significando sabedoria do povo.
O Folclore no Brasil só começou a receber atenção da elite na metade do século XIX, durante o Romantismo. Naquela época, a cultura popular crescia na Europa e Estados Unidos e, baseados nesse interesse, estudiosos brasileiros como Celso de Magalhães e Sílvio Romero pesquisaram as manifestações folclóricas nativas e publicaram estudos. Vários artistas cultos começaram a colocar em suas obras elementos da cultura popular o que fazia parte de um projeto, estimulado pelo governo de Dom Pedro II, para construção de símbolos nacionalistas que poderiam contribuir para afirmação do Brasil entre as nações civilizadas. O resultado de tudo isso foi que hoje o Folclore brasileiro se encontra em destaque. O Folclore alimenta o turismo cultural do Brasil e tornou-se instrumento de educação nas escolas.
O Folclore também é protegido por lei, está previsto na Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, que tratam da proteção do patrimônio cultural brasileiro: “os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.
São várias as formas de manifestação cultural onde o Folclore Brasileiro está presente:
Músicas: Cantigas de roda e Serenatas
Danças e Festas: Carnaval, Festas Juninas, Cavalhadas, Frevo e Maracatu
Linguagem: Provérbios ou ditados populares, parlendas ou trava-línguas, adivinhas e Literatura de Cordel
Usos e Costumes: Vestuário, pratos típicos, roupas e etc.
Brinquedos e Brincadeiras: Boneca de pano, arapuca, pipa (papagaio), pião, bolinha de gude, esconde-esconde, etc.
Crenças e Superstições e também Arte e Artesanato
Em 1995, organizado pela Comissão Nacional de Folclore, foi elaborada uma carta chamada Carta do Folclore Brasileiro que é um conjunto de conceitos e recomendações a respeito da proteção, divulgação, documentação e pesquisa do Folclore brasileiro. Foi produzida durante o VIII Congresso Brasileiro de Folclore em Salvador. Essa carta foi uma revisão da primeira carta elaborada em 1951 durante o I Congresso Brasileiro de Folclore, no Rio de Janeiro. Sua revisão foi realizada para que pudesse se atualizar o estudo e a proteção do Folclore nacional tendo em vista os avanços das ciências e também levando em conta as recomendações emitidas pela UNESCO em 1989 através das Recomendações sobre Salvaguarda do Folclore.
Descrição do livro
O folclore brasileiro é conhecido por sua riqueza e diversidade. Bebendo em fontes indígenas, africanas e europeias, reúne histórias transmitidas oralmente por séculos a fio, recontadas à sua maneira por cada por cada narrador. A.S.Franchini conta sua versão de algumas das mais emocionantes histórias do folclore nativo, nas quais o fantástico e o popular se unem para recriar antigos relatos sobre a formação dos povos e do território brasileiro. Algumas das mais famosas lendas indígenas, além de pitorescos contos populares e também monstruosas criaturas que povoam nosso imaginário dão vida às 100 melhores lendas do folclore brasileiro. Nas duas primeiras partes, há relatos de tempos imemoriais, como “O surgimento da noite” e “O batismo das estrelas”, sobre a criação do mundo; há também contos bastante conhecidos, como a fábula do coelho e da tartaruga e “O negrinho do pastoreio”. Já a última parte é dedicada a perfis de seres muitas vezes assustadores, como a Mula sem Cabeça, a Cuva, e o Chupa-Cabra; clássicos como o Saci Pererê e o Lobisomem e outros menos difundidos como o Gorjala, o Carbúnculo e o Anhangá, entre outras misteriosas criaturas. A.S.Franchini, ao contar essas lendas, faz uma viagem pelo mundo do fabuloso e do onírico, recuperando histórias que fazem parte do grande repertório cultural que são as narrativas orais e folclóricas. Veja um trecho de Como surgiu o Oiapoque “Tudo começou num tempo muito antigo, quando a fome e a doença estavam afligindo a aldeia dos oiampis. Tarumã, uma bela índia, estava grávida e decidiu procurar um lugar livre da moléstia e da penúria para criar seu filho. Com a barriga pesada, a pequena índia começou a peregrinar solitária pela mata, mas passados alguns dias sentiu que não teria mais forças para ir a lugar algum. – Ó, Tupã, não posso mais dar um passo e morrerei com meu filho no ventre! – exclamou ela, sozinha, esfomeada no meio da mata. Então Tupã, apiedado, transformou-a numa enorme cobra. Tarumã, convertida nessa cobra, encontrou forças para seguir adiante, levando sempre o filho no ventre, até que, um dia, encontrou um lugar aprazível, onde havia água e terra boa para plantar. – Aqui haveremos rodos de viver! – disse ela, pensando em retornar às pressas para avisar a gente de sua aldeia. Antes de retornar, porém, ela deu à luz uma menina.”
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O nosso folclore é um dos mais ricos do mundo,devemos valorizar e fazer com que essa cultura se propaga por todo o tempo,amo os personagens,as suas histórias ,nos faz ser crianças de novo e de novo e de novo 💖
ResponderExcluirA cultura de um povo é o seu maior patrimônio.
ResponderExcluirPreservá-la é resgatar a história e perpetuar valores