domingo, 20 de dezembro de 2020

ENTÃO É NATAL!

Mais um ano chega ao fim . . . É tempo de fazer um balanço de tudo o que aconteceu. É tempo de transformarmos os bons momentos em novas energias, entusiasmo e principalmente esperança de que todos os nossos sonhos vão se realizar. Os momentos maus transformamos em lembretes para não cometermos novamente os mesmos erros no ano que vem. Os momentos difíceis serão transformados em peças fundamentais de que tudo na vida passa e que esses momentos no futuro nos ajudem a ter momentos mais felizes.

É tempo de Natal, um momento doce e cheio de significados para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e sobre tudo o que a cerca. É momento de deixar nascer esta criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.

É Natal . . . tempo de presente!
Tempo de estar aqui, presente, para dar e receber, sorrir e celebrar!

É tempo de nascer e renascer nas velhas e novas amizades. Tempo de criar e confirmar as nossas alianças, nos dando as mãos, para renovar dentro de nós a fé e a vontade de fazer juntos, do mundo em que vivemos um lugar do Bem.

É tempo de agradecermos por todos os momentos alegres que tivemos.

Muito obrigado a todos:  pais, familiares, alunos, equipe, colaboradores, parceiros, por nos proporcionarem mais um ano cheio de aprendizagens, carinho, esperança e pela convivência VIRTUAL com vocês !

NOSSO ABRAÇO FRATERNO!

O que falar do ano de 2020, agora que chegou ao fim? O que aprendemos perante todas as dificuldades e desafios que tivemos que superar e quais os aprendizados que traremos para 2021?

Uma coisa é certa: tivemos de DESACELERAR, em todos os sentidos. Aprendemos tantas coisas com a pandemia do novo coronavírus, mas talvez a principal dela foi descobrir que sozinhos não somos nada, nem ninguém. Ao desacelerar, tivemos tempo para prestar mais atenção no outro e em nós mesmos. Aprender a identificar e a lidar com nossas próprias emoções de uma forma nunca vista antes no mundo pós-moderno. A ter um olhar mais generoso em relação a si próprio e ao próximo.

E as redes sociais tiveram especial participação nisso. Perdi a conta de quantas lives passaram pelas minhas redes, trazendo os mais diversos assuntos. Desde temas sobre como lidar com o psicológico em meio à pandemia e ao confinamento até formar de manter  a ESCOLA VIVA e ATIVA , mesmo com as restrições implementadas. A maravilha da COMUNICAÇÃO.

Comunicação essa que serviu para nos mostrar que, sem diálogo, não chegamos a lugar algum. Não importa se você é governo, empresa ou cidadão comum. Sem tolerância e respeito ao próximo, o caminho é nebuloso para todos.

Agora que o ano de 2021 está invadindo nossas casas, temos de ter em mente que não podemos nos deixar levar pela angústia, pela ansiedade, pelo medo e pelas incertezas. A palavra de ordem, agora, é SERENIDADE.

PROJETO REMOTO DESVENDANDO A MATEMÁTICA NO COTIDIANO

 


A E.E.Prefeito Clemente E. Ferraz realizou mais um extraordinário projeto - DESVENDANDO A MATEMÁTICA NO COTIDIANO- mostrando que esta ciência está mais presente nas nossas vidas do que geralmente imaginamos.

Confira a GALERIA DE FOTOS momentos da LIVE:

















PARABÉNS AOS ALUNOS PELA BRILHANTE PARTICIPAÇÃO E À TODA EQUIPE CLEMENTE !

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

"MORTE E VIDA SEVERINA" em desenho animado, baseado na obra prima homônima de João Cabral de Melo Neto



“Antes de sair de casa
aprendi a ladainha
das vilas que vou passar
na minha longa descida.
Sei que há muitas vilas grandes,
cidades que elas são ditas;
sei que há simples arruados,
sei que há vilas pequeninas,
todas formando um rosário
cujas contas fossem vilas,
todas formando um rosário
de que a estrada fosse a linha.
Devo rezar tal rosário
até o mar onde termina,
saltando de conta em conta,
passando de vila em vila.”

                                 
                                         João Cabral de Melo Neto, trecho “Morte e Vida Severina”. (1967)

Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956.

Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.


Assista aqui:


Filme: Morte e Vida Severina em Desenho Animado (Original)
Sinopse: Morte e Vida Severina mostra a saga de um retirante nordestino que, como tantos brasileiros, viaja do sertão ao litoral em busca de melhores condições de vida. A história de Severino, contada por meio de versos na obra-prima de João Cabral de Melo Neto, foi adaptada para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão e é retratada nesta animação 3D. O desenho animado preserva o texto original e, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, dá vida aos personagens do auto de natal pernambucano que foi publicado em 1956.

Ficha técnica
Ano de produção: 2010
Duração: 52 min.
País: Brasil
Direção: Afonso Serpa
Ilustrações/HQ: Miguel Falcão
Adaptação: obra homônima de João Cabral
Voz: Gero Camilo
Trilha sonora: Lucas Santtana
Produção: TV Escola / OZI / FUNDAJ – Fundação Joaquim Nabuco
Público-alvo: Aluno
Faixa etária: 16-18
Área temática: Diversidade Cultural, Geografia, Literatura

Morte e Vida Severina (em desenho animado)

“…E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.”
– João Cabral de Melo Neto, trecho “Morte e Vida Severina”. (1967)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

300 ANOS DE MINAS GERAIS


Dia 2 de dezembro é o aniversário de Minas Gerais! Hoje vamos celebrar os 300 anos da nossa mineiridade, autonomia e liberdade. Estes são os sentimentos que pulsam na alma dos mineiros desde o século XVIII. 

















Comemorar essa data é colocar no trilho da história a trajetória de uma população que sempre soube enfrentar os perigos dos sertões. Exaltar o passado também é reviver a importância do território mineiro – as minas e as gerais – e sua contribuição para o desenvolvimento do país, fortalecendo a posição de liderança do Estado, que tanto engrandece a nação brasileira.
Seja na política, na economia, no meio ambiente ou na cultura, os feitos dos mineiros ao longo desses 300 anos serviram para garantir que Minas jamais saia da história.

A seguir , a música composta especialmente para homenagear os 300 ANOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por Adriano Fernandes:
VIVA MINAS GERAIS!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

FÁBULAS extraordinárias de ESOPO: divertem e educam crianças e adultos

fabulas-de-esopo

“Acho que deveríamos colocar Esopo entre os grandes sábios de que a Grécia se orgulha, ele que ensinava a verdadeira sabedoria, e que a ensinava com muito mais arte que os que usam regras e definições.”
– LA FONTAINE

Acredita-se que, antigamente, uma pessoa chamada Esopo escreveu centenas de fábulas que são muito conhecidas até hoje. Estudiosos da Antiguidade afirmavam que Esopo viveu no reino da Trácia, no nordeste da Grécia, no século VI a.C. Agora se sabe que muitas dessas histórias são ainda mais antigas e que Esopo talvez nunca tenha existido.

As fábulas de Esopo provavelmente faziam parte da tradição oral — ou seja, eram histórias contadas em voz alta. Há cerca de 2 mil anos, o escritor romano Fedro pôs algumas delas por escrito. Mais tarde, as histórias foram traduzidas para outras línguas. Em português, existe um manuscrito do século XV, chamado Fabulário português medieval, ou O livro de Esopo, que contém várias dessas fábulas e foi publicado em forma de livro no início do século XX. A mais antiga versão conhecida em inglês foi publicada em 1692. Ao longo dos séculos, elas sempre foram bastante populares na Europa e no Brasil.

A maior parte das fábulas apresenta animais com características humanas e termina com uma moral, um ensinamento ou lição que a própria história pretende demonstrar.

Conheça essas Fábulas que divertem e educam crianças e adultos:

ESOPO NUM ESTALEIRO
Esopo, por Diego Velázquez – 1639-41 (Museo del Prado)

Esopo, o fabulista, foi flanar num estaleiro. Lá, provocado pelas zombarias dos operários, disse-lhes:

– Quando o mundo era apenas água e caos, Zeus quis fazer um dia um novo elemento: a terra. Foi por isso que ele a fez engolir o mar três vezes. Da primeira vez, a terra deixou aparecer as montanhas; da segunda, as planícies; quando ela for beber pela terceira vez, a arte de vocês não servirá para nada.

Quem ri de quem lhe é superior terminará perdendo o riso.

A CAMELA

Uma camela atravessava um rio de águas turbulentas. Tendo defecado, as fezes levadas pelo redemoinho foram parar no seu focinho. Ela então exclamou:

– Como é que o que estava atrás veio parar na minha frente?

Em certos ocasiões, os sensatos são ultrapassados pelos piores imbecis.

O GATO E O GALO

Um gato queria ter uma boa razão para devorar um galo que caiu em suas garras.

– À noite – acusou-o –, teus gritos não deixam os homens dormir.

O galo se defendeu:

– É um serviço que lhes presto, chamando-os a seus deveres.

O gato não se abalou e acusou o galo de ultrajar a natureza por não respeitar nem a mãe nem as irmãs.

O galo respondeu:

– Isso reverte mais uma vez para o bem de meus patrões: eles têm assim ovos em abundância.

Os pretextos especiais de nada servem quando o celerado, desavergonhadamente, está decidido a fazer o mal.

O PESCADOR QUE TOCAVA FLAUTA

Um pescador, que era também flautista, pegou a flauta e a rede e foi pescar. De pé num promontório, pôs-se a tocar. Os peixes, pensava ele, atraídos pela beleza da música, pulariam sozinhos fora d’água. Tocou um bom tempo sem parar. Em vão. Deixando de lado a flauta, pegou a rede e a lançou na água. Pegou um monte de peixes. Tirava-os da rede e os jogava na areia . Como os peixes se retorciam, ele disse:

– Seus malditos, quanto vocês não dançaram enquanto eu estava tocando!

Assim agem os ardilosos.

A RAPOSA E A GRALHA

Uma gralha faminta estava no alto de uma figueira; estava achando os frutos muito verdes e esperava que amadurecessem. Uma raposa, ao vê-la esperar pelo tempo, descobriu logo a razão e lhe disse: “Minha amiga, não adianta alimentar esperanças. Elas só nos enchem de ilusões”.

A RAPOSA E O CROCODILO

Uma raposa e um crocodilo discutiam para ver qual dos dois era o mais nobre. O crocodilo se gabava dos feitos de seus ancestrais e concluiu dizendo que seus pais presidiam os jogos ginásticos. A raposa replicou: “Nem precisavas dizer, só de olhar tua pele já dá para ver tua longa prática esportiva”.

Contra os mentirosos, os fatos falam por si sós.

OS VIAJANTES

Alguns homens iam por uma estrada para fechar um negócio. Eis que, no caminho, encontram um corvo caolho. Como não queriam passar pelo pássaro, um deles, pensando que estavam diante de um mau presságio, achou melhor não ir em frente. Um outro replicou:

– Como esse pássaro pode prever nosso futuro se não soube evitar a perda de seu próprio olho?

Não dá para ouvir os conselhos de quem não sabe cuidar de si mesmo.

O LEÃO E O JAVALI

Era verão e os animais estavam sedentos. Um leão e um javali foram matar a sede numa pequena fonte. Estavam brigando para ver quem ia beber primeiro. A briga terminou numa luta sangrenta. De repente, tendo-se separado momentaneamente para recuperar o ar, viram os abutres que só estavam esperando que um deles morresse para devorá-lo. Pararam então de brigar:

– Melhor ficarmos amigos que servir de pasto aos abutres e aos corvos.

Querelas e disputas nos expõem ao perigo. Melhor acabar com elas.

O LAVRADOR E O LOBO

Um lavrador desatrelou seus animais e os levou ao bebedouro. Um lobo que, faminto, procurava o que comer, encontrou a charrua. Começou a lamber a canga. Depois, ao passar o pescoço por baixo, ficou preso, e, sem se dar conta, começou a puxar a charrua pelo campo.

Ao voltar do bebedouro, o lavrador o viu e disse:

– Maldito animal, não vá querer dizer que deixou de pilhar e de fazer o mal para lavrar a terra!

Não adianta os maus quererem passar por virtuosos, a forma como o fazem os desacredita aos olhos dos outros.

– Esopo. Fábulas. [tradução Antônio Carlos Vianna; revisão Delza Menin e Ruiz R. Faillace]. Porto Alegre: Editora L&PM Pocket, 2011.

Aesopvs (Aesop) – by Francisco Goya, 1778

CHEGOU DEZEMBRO!


É tempo de se despedir de tudo que não serve mais e dar espaço ao novo. É época de se abrir para novas conquistas, sonhos, e assim ganhar mais felicidade.
O que falar do ano de 2020, agora que chegou ao fim? O que aprendemos perante todas as dificuldades e desafios que tivemos que superar e quais os aprendizados que traremos para 2021?

Uma coisa é certa: tivemos de desacelerar, em todos os sentidos. Aprendemos tantas coisas com a pandemia do novo coronavírus, mas talvez a principal dela foi descobrir que sozinhos não somos nada, nem ninguém. Ao desacelerar, tivemos tempo para prestar mais atenção no outro e em nós mesmos. Aprender a identificar e a lidar com nossas próprias emoções de uma forma nunca vista antes no mundo pós-moderno. A ter um olhar mais generoso em relação a si próprio e ao próximo.


Parecia ser um ano sem fim, tivemos de nos ausentar e, dentro de nossas casas, tivemos de nos reinventar, assumir de vez nossa versão beta, e nos transformar a cada dia em termos profissionais, pessoais, comportamentais e de relacionamento.


Quando imaginaríamos que ao ligar a televisão seríamos impactados com campanhas ostensivas pedindo às pessoas para evitarem o contato físico? Isso parecia um pedido um tanto impossível, ainda mais para o povo brasileiro e toda a sua latinidade e aptidão para relações calorosas. Tivemos de encontrar novas formas de mostrar nossos sentimentos, sem o toque, que é tão habitual em nossas rotinas.

Passamos a ouvir com mais frequência e de um número maior de pessoas que dinheiro não é tudo. E tivemos de reduzir e repensar o nosso ritmo e modo de consumo. Com as pessoas em suas casas, os índices de poluição ao redor do mundo diminuíram. O planeta Terra agradeceu. Especialistas apontam essa mudança como temporária e, claro, relacionada ao confinamento, mas será que isso não pode nos ajudar e encontrar soluções para as questões climáticas, sem termos de ser obrigados a ficar enclausurados? Será que essa crise não veio também para nos alertar e mostrar que somos capazes, empresas, governos e cidadãos, de implementar um novo ritmo de vida que seja positivo e gere melhor impacto?

Marcas foram à TV não apenas para falar de seus produtos e serviços, mas para trazer mensagens de solidariedade, de ânimo e de positividade. Nunca vimos antes as empresas focarem tanto no coletivo e no humano.

Aliás, o “fazer juntos” se tornou um mantra. Sem cooperação coletiva não teríamos saído dessa crise. Foi o momento de nos conectarmos com pessoas de agora e com aquelas com quem não tínhamos contato há algum tempo. De dentro dos nossos lares revisitamos histórias por meio de fotos, livros, ligações e vídeos conferências com amigos e parentes. Sim, é clichê dizer que a tecnologia une pessoas, mas essa afirmação nunca foi tão real quanto em 2020.

E no trabalho? Lideranças tiveram de se revisitar e encontrar novas formas de se comunicar com suas equipes, como mantê-las ativas e motivadas. As empresas que eram resistentes ao método home office, por exemplo, tiveram de ceder e acabaram descobrindo que essa pode ser uma boa forma de trabalho. Descobrimos que aquelas reuniões presenciais, com horas de duração, talvez pudessem ter sido feitas com muito mais efetividade por vídeo conferência.

Não são para todas as carreiras que esse esquema funciona, mas para muitas, sim. Então, porque não trazer esse formato para 2021 e aperfeiçoá-lo? Não por obrigação, por necessidade de força maior, mas como forma de trabalhar aquilo que falamos lá em cima, no começo desse texto: desacelerar. Quantos impactos positivos isso traria para as pessoas e para o planeta?

Outro ponto que devemos manter para este nosso 2021 é saber filtrar as informações que recebemos de diversas fontes. As fake news chegaram para ficar e este é um movimento que só tende a crescer, isso é fato. Mas saber pesquisar a fonte da notícia se tornou questão essencial para muitos que não tinham o hábito de se aprofundar nos assuntos. Tivemos de nos aprofundar por uma questão de preservação.

Mas nem só de fake news vive internet, que trouxe muitas notícias ruins, mas também serviu como ponto de equilíbrio para muitos. E as redes sociais tiveram especial participação nisso. Perdi a conta de quantas lives passaram pelas minhas redes, trazendo os mais diversos assuntos. Desde temas sobre como lidar com o psicológico em meio à pandemia e ao confinamento até formar de manter o negócio vivo e ativo, mesmo com as restrições implementadas. A maravilha da comunicação.

Comunicação essa que serviu para nos mostrar que, sem diálogo, não chegamos a lugar algum. Não importa se você é governo, empresa ou cidadão comum. Sem tolerância e respeito ao próximo, o caminho é nebuloso para todos.

Agora que o ano de 2021 está invadindo nossas casas, temos de ter em mente que não podemos nos deixar levar pela angústia, pela ansiedade, pelo medo e pelas incertezas. A palavra de ordem, agora, é SERENIDADE.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

10 curtas-metragens para educar as crianças e adolescentes sobre VALORES

 

Os curtas-metragens de animação para o público infantojuvenil vão além da função de entretenimento. Eles demonstram que é possível contar histórias sobre o mundo real, tratar de temas complexos e relevantes através de uma abordagem lúdica e inusitada.

Educar integralmente significa a desenvolver atitude crítica e valores morais, para que as crianças possam identificar a diferença entre certo e errado e, então, construir uma personalidade saudável.

O Monge e o Cão

O curta é um grande exemplo de como sempre podemos mudar nossas atitudes para viver melhor. Intitulado “The Wrong Monk”, criado por Tom Long como um projeto final de sua especialização em animação 3D na Southampton Solent University.

Ele conta a história de um monge eremita que vive só, mas que um dia é surpreendido por uma visita inesperada, enquanto fazia seus exercícios diários. A história se desenrola a partir daí e nos traz uma poderosa mensagem sobre como nossas vidas mudam quando escolhemos agir corretamente e aproveitarmos o tempo de nossas vidas sendo realmente felizes.

Título original: The Wrong Monk
Direção e roteiro: Tom Long
Gênero: Animação / Aventura / Família
Lançamento: 2009
Duração: 3:20 minutos

Historias da unha do dedão do pé do fim do mundo

É com delicadeza e criatividade que Evandro Salles e Márcia Roth dirigem a animação Histórias da unha do dedão do pé do fim do mundo, baseada em poemas de Manoel de Barros.
Num diálogo lúdico entre textos de Barros e desenhos de Salles, a animação vai construindo imagens e sentidos inusitados e poéticos por meio da brincadeira com coisas e palavras.

Título original: Historias da unha do dedão do pé do fim do mundo
Direção e roteiro: Evandro Salles e Márcia Roth
Gênero: Animação / Família
Lançamento: 2007
Duração: 8 minutos

Calango!

O curta metragem Calango! foi uma produção dirigida por Alê Camargo, e realizada com a participação de jovens. A história retrata a perseguição de um pequeno calango faminto, atrás de um grilo… mas as coisas não serão tão simples quanto ele imagina. Ação, humor e uma perseguição desenfreada numa animação 3D bem brasileira. A aventura acontece no rítimo do choro “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo.

Título original: Calango!
Direção: Alê Camargo
Roteiro: Alê Camargo, Alessandra Mota, Alexandre Souza, Anderson Lopes e Dalmo Pereira
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2007
Duração: 7:41 minutos

Guilhermina & candelario: a historia da feiticeira

Avó Francisca conta história repleta de emoção ao redor da fogueira. Guilhermina e Candelário compartilham com seus avós e amigos uma divertida noite de fogueira. A coruja Pepita também participa da confraternização.

A voz da avó Francisca levará a todos a uma viagem imaginária aos confins do bosque, através de um relato cheio de emoção, música e suspense, em que as dificuldades de Candelário e Ismael despertarão na comunidade um profundo sentimento de solidariedade.

Título original: Guilhermina & candelario: a historia da feiticeira
Direção e roteiro: Maritza Rincón González
Gênero: Animação / Aventura / Família
Lançamento: 2015
Duração: 12 minutos
*Ver outros episódios da série no canal oficial. AQUI!

Caminho dos Gigantes | Way of Giants

“Caminho dos Gigantes” é um curta-metragem de Alois Di Leo e Sinlogo Animation. O filme é uma busca poética pela razão e propósito da vida, que conta a história de Oquirá, uma menina indígena de seis anos, que enfrenta o ciclo da vida e o conceito de destino. O filme explora as forças da natureza e a nossa conexão com a terra e os seus elementos.

A música tem um papel importante na história. O mestre de música andina, Tito La Rosa, foi trazido do Peru até São Paulo para compor e tocar a música, utilizando instrumentos musicais andinos e incas – muitos dos quais ele e o seu filho confeccionaram manualmente, seguindo tradições andinas.

Título original: “Way of Giants“ | “Caminho dos Gigantes”
Direção e roteiro: Alois Di Leo
Animação: Henrique Lobato e Tiago Rovida
Gênero: Animação / Aventura / Família
Lançamento: 2016
Duração: 11:52 minutos

Vida fácil

Vida Fácil é uma produção da Ringling College of Art and Design, uma faculdade dos Estados Unidos especializada em arte e design. Dirigida por Jiaqi Xiong, é um convite a reflexão sobre valores como responsabilidade e comprometimento com nossas obrigações.

A trama conta a história de uma menina que preferia brincar ao invés de fazer as lições de casa. Nesse mundo de fantasia, sua boneca ganha vida e começa a fazer as liçōes da escola em seu lugar. Porém, depois de um tempo os papéis se invertem.

O curta é indicado para trabalhar com os pequenos sobre responsabilidade e mentiras. Ele também traz observações sobre a importância do esforço e das conquistas por mérito próprio.

Título original: The Easy Life
Direção e roteiro: Jiaqi Xiong
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2015
Duração: 2:21 minutos

Destino

Com direção de Fabien Weibel, o curta Destiny apresenta uma reflexão metafórica sobre a correria do mundo moderno, em que deixamos de ‘nos enxergar’ enquanto o autoconhecimento dá lugar a movimento robôticos e propósitos pouco aprofundados. A importância da pausa, mais uma vez, aparece como ponto nítido.

Título original: Destiny
Direção e roteiro: Fabien Weibel
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2012
Duração: 5:25 minutos

Frankenstein Punk

O curta metragem de Cao Hamburger e Eliane Fonseca (1986) é uma ótima oportunidade para discutir gêneros do cinema, preconceitos e conflitos culturais. Frank – o protagonista da história – é uma criatura diferente, nascida ao som da música “Singing in the rain” (Arthur Freed e Nacio Herb Brown). Certo dia, ele decide partir em busca da sua felicidade. Os estudantes podem ainda conhecer a técnica de stop motion e seu uso em filmes de animação. “Frankenstein Punk” tem 12 minutos e foi o grande premiado do Festival de Gramado de 1986.

Título original: Frankenstein Punk
Direção e roteiro: Cao Hamburguer e Eliana Fonseca
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 1986
Duração: 12 minutos

Zimbú

Uma bola de futebol aparece em uma tribo africana, isolada do mundo. Ela chega até os pés de um guerreiro africano, que descobre a magia do futebol.

Título original: Zimbú
Direção e roteiro: Marcos Strassburger Souza
Gênero: Animação / Aventura / Família
Lançamento: 2012
Duração: 3 minutos

Alcançar

O curta animado de Ahmed Elmatarawi é uma mistura entre entretenimento e observações sobre temas como solidariedade e compartilhamento.

O roteiro traz o personagem perdido no imenso deserto a procura de água. Ele está quase sem forças quando encontra o tesouro que tanto precisa. Além disso, o curta traz um final surpreendente.

A trama dá margem para uma conversa sobre egoísmo e pensamento coletivo.

Título original: Reach (Alcanzar)
Direção e roteiro: Ahmed Elmatarwi
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2016
Duração: 3:52 minutos

Felicidade

O curta Happiness (2017), criado pelo ilustrador e especialista em animação Steve Cutts, provoca reflexão sobre busca da felicidade constante em um contexto social e econômico que favorece justamente o oposto. As metáforas vão ainda mais a fundo e criticam, por exemplo, a falta de respeito ao próximo – que, sem que se perceba literalmente no cotidiano, gera a falta de amor-próprio.

Título original: Hapiness
Direção e roteiro: Steve Cutts
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2017
Duração: 4:40 minutos

Parcialmente nublado

Uma pequena joia das animações. Parcialmente Nublado encanta a todo o instante. Provavelmente um dos melhores curta-metragens que a Pixar já produziu, “Partly Cloud” tem como principal mérito fazer uso de cores alegres e belas sob uma história que já é, por si só, linda.

As cegonhas são encarregadas de levar os bebês para suas respectivas famílias, mas onde elas buscam os recém nascidos? A resposta está na estratosfera, onde as nuvens trabalham esculpindo crianças. Gus (voz de Tony Fucile), é uma nuvem cinzenta e insegura, mestre em criar bebês mal criados. Além disso, ele gera crocodilos, porcos-espinhos, carneiros e muito mais. Suas criações são obras de arte, entregues pelo seu fiel parceiro Peck (voz de Tony Fucile), uma cegonha. Mas as criações de Gus estão ficando cada vez mais indisciplinadas. Como Peck irá conseguir lidar com seu trabalho?

Título original: Partly Cloudy
Direção e roteiro: Peter Sohn
Gênero: Animação / Drama / Família
Lançamento: 2009
Duração: 5:32 minutos

Extra

Walt Disney & Salvador Dali – Destino

“Escondido nos Arquivos dos Estúdios Disney, estava um projeto de um curta com a arte de Walter Elias Disney com Salvador Dalí.”

A música “Destino” do compositor Armando Dominguez serviu como base para a criação do curta-metragem animado que uniu duas figuras emblemáticas dos anos 40: o pintor surrealista Salvador Dalí e o animador americano Walt Disney.

Convidado por Disney, Dalí iniciou o projeto que durou nove meses com o animador John Hench. A produção do desenho animado começou em 1945, mas só foi finalizada 58 anos depois, em 2003, devido a uma crise sofrida pelos Estúdios Disney e desencadeada pela Segunda Guerra Mundial. O projeto foi interrompido com apenas 17 segundo finalizados e ficou a cargo de Roy Disney, sobrinho de Walt Disney, a finalização do curta em 2003.

A canção-tema interpretada por Dora Luz, os rascunhos deixados no início do projeto e 15 famosas telas de Dalí foram utilizadas para a finalização da animação. A obra é de tamanha intensidade que podemos ver os traços orgânicos de Dalí se unirem às técnicas de animação de Disney. O resultado é um belíssimo curta-metragem de animação mostrando a história de amor entre Chronos e uma mortal

Fonte: © obvious

“O mais difícil, mesmo, é a arte de desler.”
– Mario Quintana, in: Caderno H, (1945-1973), Porto Alegre: Editora Globo, 1973.

Estas são nossas dicas super valiosas de curta-metragens animação que vale conferir!

Referências biobibliográficas sobre o uso de curtas-metragens em sala de aula:

VENTURINI, Aline Dal Bem. Curtas-metragens como ferramente tecnológica na educação inclusiva. Revista Educação, Arte e Inclusão, vol. 14, nº 2, abril/junho, 2019.

‘OS FANTÁSTICOS LIVROS VOADORES DO SR. MORRIS LESSMORE’, vencedor do Oscar de melhor curta animação

 

'Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore', vencedor do Oscar de melhor curta animação

Uma vida sem leitura é sem graça, sem cor. Sem leitores, um livro não tem vida, serventia. Livros são eternos, e a contribuição cultural de seus autores é capaz de eternizá-los no universo literário. E é levando ao pé da letra ideias como essas que o vencedor do Oscar de Melhor Curta de Animação em 2012, The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore (Os Fantásticos Livros Voadores do Sr. Morris Lessmore, em tradução livre), constrói sua homenagem à literatura.

Dirigido por Brandon Oldenburg e William Joyce e escrito por este último, o curta tem início com uma tempestade que arrasta o Sr. Morris Lessmore e sua casa para uma outra dimensão, devasta sua biblioteca e varre as páginas de sua mais recente obra. Frustrado, Lessmore encontra uma casa habitada por livros voadores e redescobre a beleza da leitura.

Mais que isso, Lessmore se torna um mentor para novos leitores, recolorindo um mundo monocromático com o encantamento despertado pela leitura, além de guardião e cuidador da biblioteca, chegando até mesmo a executar uma delicada intervenção cirúrgica para reabilitar um livro caindo aos pedaços. Para completar, o curta (com personagens animados digitalmente em cenários reais, construídos em miniatura) também faz sua homenagem à própria técnica de animação, através da expressividade alcançada através do folheamento do melhor amigo de Morris, um livro sobre Humpty Dumpty. Trata-se da Literatura em ótima sintonia com o Cinema.

“Não penso em morte do livro, mas em evolução. Ao passo que o livro ilustrado se adapta às novas tecnologias, sinto que é importante reforçar a ideia que, apenas dos lampejos que os aplicativos possam trazer, sempre haverá necessidade e espaço para os prazeres únicos da página impressa.”
– William Joyce, em entrevista a Folha Ilustrada. 8.1.2013

Assista aqui:
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, EUA, 2011 | Escrito por William Joyce | Dirigido por William Joyce e Brandon Oldenburg.

Título original: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
Direção: William Joyce / Brandon Oldenburg
Roteiro: William Joyce
Gênero: Animação / Aventura / Drama
Origem: Estados Unidos
Ano de produção: 2011
Duração: 15 Minutos
Sinopse: Vencedor do Oscar de melhor curta animado de 2012, The Fantastic Flying Books é uma animação adorável, que mostra o poder dos livros sobre nós, e como podem nos mostrar novos mundos, caminhos e direções além daquelas a que estamos acostumados ou treinados a seguir. A história cerca a destruição provocada pelo furacão Katrina, o gigante que arrasou áreas inteiras do sul da Flórida, Nova Orleans, Alabama, Mississipi e Louisiana em agosto de 2005. Mas os diretores William Joyce e Brandon Oldenburg não deram voz à tragédia, antes, procuraram lançar sobre ela a luz encontrada na literatura. Com referências ao furacão de O Mágico de Oz, o Mr. Morris Lessmore do título é arrastado para um mundo onde os livros são vivos, e cada um deles oferece uma viagem à parte para o leitor navegar em suas páginas. A fantasia encontra a paixão pela leitura. Mr. Morris Lessmore, uma representação de Buster Keaton, passa a viver nesse mundo dos livros vivos, e a destruição ao seu redor ganha cor, passa a ser um viés não tão essencial quanto a viagem maravilhosa que a literatura lhe proporciona, inclusive através do prazer de escrever.

O livro:
JOYCE, Willian. ‘Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo’. [tradução Elvira Vigna]. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2012.
A entrevista de William Joyce:

:: William Joyce de “A Origem dos Guardiões” fala sobre seu amor ao universo do livro (entrevista a Cassiano Elek Machado/FSP, em 8.1.2013). Disponível no link. (acessado em 16.8.2017).

Fontes: Cinema sem erros | Folha ilustrada | Editora Rocco