segunda-feira, 29 de junho de 2020

A Linguagem Teatral


Muito se sabe a respeito da importância do Teatro na Educação em todos os campos de atuação. Os princípios pedagógicos do Teatro traçam relações claras entre Teatro e educação, considerando essa arte como uma forma humana de expressão.
A linguagem teatral pertence ao gênero dramático, e tem a Dramaturgia como elemento primordial. A palavra Drama origina-se do grego, que significa “ação”.

O gênero Dramático na literatura refere-se à linguagem encenada, representada pela linguagem teatral, contando com a participação de elementos extra verbais, como cenário, figurino, iluminação e sonoplastia.


O texto teatral teve seu papel de destaque na Grécia antiga, por volta do século V a.C., as peças apresentadas baseavam-se nas Tragédias, uma vez que as mesmas tinham o objetivo de levar aos espectadores à catarse, isto é, à purificação da alma por meio da libertação das emoções. Os conflitos envolviam problemas de poder e honra e eram vividos por personagens representados pela classe social privilegiada.
Com as tragédias surgiram outras modalidades do gênero dramático, as quais se definem como:  
Comédia - Representação de situações do cotidiano, com personagens representadas pelas classes populares. A intenção era provocar riso através da crítica aos costumes.
Auto - Peça curta apresentada em festas religiosas, tendo como personagens, verdadeiros representantes de entidades abstratas, tais como a bondade, o pecado, a hipocrisia e a virtude.
Farsa - Peça curta que satiriza os costumes, dando ênfase ao grotesco.  
O teatro, obviamente, não se construiu sozinho. Diversas pessoas, como você já viu aqui, contribuíram para a sua formação. Chegando aos momentos finais do especial de teatro aqui no Legenda Cultural, decidimos fazer mais um post especial: desta vez, reunindo alguns dos grandes nomes dentro do teatro no Brasil e no mundo. 

William Shakespeare é reconhecido como o maior escritor da língua inglesa e o mais proeminente dramaturgo do mundo. É frequentemente considerado o poeta nacional da Inglaterra e o "Bardo de Avon" (ou simplesmente "O bardo"). O que sobrou de suas obras consta de 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas em forma de narrativa e vários outros poemas. Suas obras mais conhecidas são Hamlet e Romeu e Julieta, Sonho de uma noite de verão e outros clássicos.

Veja uma das mais famosas cenas da obra ROMEU E JULIETA , A CENA DO BALCÃO, ATO II :

Era o ano de 1968. Surge o filme "Romeu e Julieta" nas salas de cinemas de todo o mundo. Foi um sucesso danado o filme, exatamente, por ser uma história de amor. Amor entre dois jovens italianos, que por ironia do destino acabaria muito mal. história se passa em Verona - Itália, Romeu é um jovem, fica apaixonado por Julieta e é correspondido, ela é uma donzela que pertence a uma família rival da família de Romeu. No entanto, este amor profundo terá trágicas consequências uma vez que nenhuma das duas famílias, cada vez mais envolvidas em um conflito sangrento, não deixará que os dois consumem a paixão. É uma tradição comparar os enamorados a 'Romeu e Julieta', quando o amor é assim é amor pra toda vida, podendo ser confrontado até a morte, daí a morte dos dois no romance. O amor entre os dois era tanto que ao saber da morte de Romeu, Julieta se mata. Os dois são então velados e sepultados juntos. Daí em diante as famílias que não se davam bem acabaram por se entender.



Nelson Rodrigues, pernambucano e o quinto filho entre catorze, é um dos maiores dramaturgos brasileiros. Com obras polêmicas, retratou a realidade da vida, vindo a ser alvo de críticas positivas e negativas. Usou as tristezas da vida (e não foram poucas: foi internado diversas vezes com tuberculose, enfrentou a morte de irmãos, pai, filha sem três dos cinco sentidos, filho preso) em peças e livros. Usou de uma linguagem bem simples e inovou os textos teatrais, escrevendo, então, 17 peças, 9 romances e diversos contos. 
Ariano Suassuna, nordestino com orgulho, Ariano foi um grande contribuidor para a nossa literatura. Escritor, poeta e dramaturgo, foi grande responsável por difundir a cultura nordestina pelo país. Escreveu suas duas primeiras peças enquanto cursava direito, que chegou a exercer mas abandonou em 1957. Tornou-se professor dos departamentos de história e de teoria da arte e expressão artística por 31 anos. Sua peça mais famosa é “Auto da Compadecida”, que conquistou tanto o teatro como o cinema. Considerado integrante do movimento modernista da geração de 45, incluiu em suas obras diferentes movimentos como barroco, literatura de cordel e simbolismo. 

A seguir, assista à peça Adaptada de Ariano Suassuna, O AUTO DA COMPADECIDA , uma iniciativa do Vicariato para Educação e a Universidade, encenado pelo Grupo de Jovens Divino Coração com apoio da Mirante Cia de Arte. Realizado no Teatro Tuca em 26 de fevereiro de 2019 em São Paulo.


Ao longo da história, a linguagem teatral não só sofreu influências de outras linguagens como cinema, televisão e informática, como também passou por questionamentos sobre o seu real objetivo: a função catártica, que resultaram em denúncias sociais e reflexões filosóficas.

Embora as cortinas estejam cerradas devido à pandemia,grande partes dos palcos ainda permanece visível aos olhos do público.Para driblar o isolamento social, produções teatrais passaram a disponibilizar ao público vídeos de seus espetáculos na integra em plataformas gratuitas na internet. Veja abaixo o link para você apreciar em família esta arte espetacular!
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domingo, 28 de junho de 2020

MUSEU IMPERIAL de PETRÓPOLIS


Conhecer um palácio é encantador! O Museu Imperial, símbolo maior de Petrópolis, RJ, nasceu sob a égide da primeira política de estado para os museus nacionais no país. Criado em 29 de março de 1940, durante o governo Vargas, o museu está sediado na antiga residência de verão de Dom Pedro II, o Palácio Imperial de Petrópolis.



Seu piso, em mármore de Carrara e mármore preto originário da Bélgica, foi colocado em 1854, por isso para andar por lá somente com pantufas para não riscar o chão. Destaca-se ainda os assoalhos e as esquadrias em madeiras de lei, como o jacarandá, o cedro, o pau-cetim, o pau-rosa e o vinhático, procedentes das diversas províncias do Império.
Já os jardins foram planejados por Jean-Baptiste Binot, com a orientação do próprio Imperador, e nele se encontram ainda espécies raras da flora dos cinco continentes.
Ao longo dos 165 anos de sua existência, o Palácio serviu como residência de verão e educandário até se tornar museu, em 1943. Além de abrigar vasto e importante acervo histórico e artístico, recebe mais de 300 mil visitantes ao ano.

Museu Imperial 2O acervo do Museu Imperial de Petrópolis é incrível! É todo relacionado ao período monárquico brasileiro. Grande parte da decoração interna foi mantida, o que é ótimo, porque permite que os visitantes conheçam os ambientes frequentados pelo imperador da forma como eram antigamente. Lá dentro há acesso a mobiliários, documentos, obras de arte e objetos pessoais da Família Real, tudo protegido por corrente e vidros. As peças chamam a atenção pelo nível de preservação. Os móveis da casa de veraneio parecem não ter sofrido com a ação do tempo. Além disso, não é todo dia que você se depara com o trono de um Imperador ou com a caneta que assinou a Lei Áurea. Além das exposições dos objetos menores, os espaços estão divididos em várias salas. A sala de jantar que, além dos móveis, ainda guarda conjuntos de louças da época. A mesa fica posta e dá pra ter uma pequena noção de como eram os jantares por ali. A lindíssima sala de música com seus instrumentos pouco comuns como a harpa dourada e a espineta. A sala de estado, que é a mais importante e imponente do palácio. Era ali que Dom Pedro recebia os visitantes oficiais. Nela estão quadros, espelhos enormes e o trono, que originalmente ficava no Palácio da Quinta da Boa Vista. Já o gabinete de Dom Pedro II é bem interessante, pois se pode ver uma luneta, utilizada pelo imperador em pesquisas científicas e o primeiro telefone do Brasil, que foi testado por ele. D. Pedro era um homem estudioso e passava horas pesquisando naquela saleta. Os quartos das Princesas preservam os ambientes originais ocupados por dona Isabel e dona Leopoldina. E existe também um ambiente usado somente por Dona Teresa Cristina: a sala de visitas. Era ali que ela recebia suas amigas para conversas secretas. E tem mais: o museu guarda itens importantes usados pela família real, como um cofre em bronze e porcelana, o cedro usado pelo imperador, as vestimentas, as joias, as coroas.

Museu Imperial 5Foi o cenário dos melhores momentos da vida do monarca, como ele mesmo registrou em correspondências dirigidas a diversos interlocutores.
Sua construção, iniciada em 1845, por determinação do jovem Imperador, deu origem à cidade de Petrópolis no estado do Rio de Janeiro. O projeto original do major e engenheiro germânico, Júlio Frederico Koeler, superintendente da Fazenda Imperial, foi seguido, após sua morte, pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo.Os estuques das salas de jantar, de música, de visitas da imperatriz, de Estado e do quarto de dormir de Suas Majestades contribuem para dar graça e beleza aos ambientes do Palácio, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do Brasil. Muitas curiosidades e Histórias aguardam o telespectador. A suntuosidade e beleza fazem parte desse requintado episódio.



Como não podemos visitar pessoalmente o Museu neste momento, porque infelizmente foi preciso fechar as portas por conta da pandemia do novo coronavírus, compartilhamos uma EXCELENTE dica para você e família: Uma VISITA VIRTUAL AO MUSEU IMPERIAL nos seus 80 anos. 

Já que não podemos ir ao museu, ele veio até a gente! 

Para fazer sua visitação 360° em 3D, clique no link abaixo e boa viagem!




sexta-feira, 26 de junho de 2020

Quarentena junina: aprenda receitinhas para fazer sua festa em casa

E já vem chegando a última festa do mês de junho: SÃO PEDRO! Durante isolamento social, deixamos dicas de receitas simples para quem não quer perder os sabores juninos tradicionais durante a pandemia. Nossa proposta é te ajudar a fazer a festa dentro de casa, com segurança e muito sabor!


5 receitas juninas no copinho práticas e deliciosas:


Arroz-doce cremoso no copinho 


INGREDIENTES:

  • 1 xícara (chá) de arroz cru
  • 1,5 litro de leite
  • 1/2 xícara (chá) de açúcar
  • 1 canela em pau
  • 2 cravos-da-índia
  • 1 lata de leite condensado cozido por 30 minutos na pressão
  • 1 xícara (chá) de doce de leite cremoso

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, coloque o arroz, o leite, o açúcar, a canela e o cravo. Leve ao fogo médio e cozinhe até o arroz amaciar. Junte o leite condensado cozido, misture, abaixe o fogo e cozinhe até engrossar. Transfira para taças individuais e leve à geladeira por 2 horas. Decore com o doce de leite, usando um saco de confeitar com bico pitanga e sirva.

Pamonha no copinho com goiabada 


INGREDIENTES:

  • 6 espigas de milho verde
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 xícara (chá) de leite
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 1 e 1/2 xícara (chá) de goiabada cremosa

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, em fogo médio, aqueça o azeite e frite a cebola e o alho por 2 minutos. Junte o tomate, o caldo de galinha, o pimentão, o milho e refogue por 3 minutos. Junte o pernil, a ervilha, a azeitona e refogue por 2 minutos. Junte a água, sal, pimenta, salsa e deixe levantar fervura. Junte a farinha, de uma só vez, mexendo até formar uma massa homogênea. Desligue e divida entre forminhas de cupcake untadas e decoradas com ovos, pimenta e salsa, apertando com uma colher. Leve à geladeira por 1 hora, desenforme e sirva.

Paçoca de copinho  


INGREDIENTES:

  • 2 latas de leite condensado
  • 1 colher (sopa) de margarina
  • 1 gema
  • 1 xícara (chá) de amendoim sem pele torrado e picado
  • 1 caixa de creme de leite (200g)
  • 5 paçocas tipo rolha esfareladas para polvilhar

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, misture o leite condensado, a margarina, a gema peneirada e o amendoim. Leve ao fogo médio, mexendo até soltar do fundo da panela. Retire do fogo, misture o creme de leite e deixe esfriar. Divida o creme entre copinhos individuais e polvilhe com a paçoca. Sirva em temperatura ambiente ou gelado.

Cocada cremosa no copinho  


INGREDIENTES:

  • 1 lata de leite condensado
  • 1 vidro de leite de coco (200ml)
  • 1/2 xícara (chá) de açúcar
  • 300g de coco ralado
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • Coco ralado para polvilhar

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, misture o leite condensado, o leite de coco, o açúcar, o coco ralado e a manteiga. Cozinhe, em fogo médio, mexendo sempre até engrossar levemente. Desligue, deixe amornar e distribua entre copinhos individuais. Leve à geladeira por 2 horas. Polvilhe com coco ralado e sirva em seguida.

Cuscuz de frango no copinho  


INGREDIENTES:

  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 1 tomate picado
  • 1 colher (sopa) de extrato de tomate
  • 1 cubo de caldo de galinha
  • 1 xícara (chá) de frango cozido e desfiado
  • 2 colheres (sopa) de azeitona verde picada
  • 1/2 xícara (chá) de ervilha escorrida
  • 2 palmitos picados e escorridos
  • 1 vidro de leite de coco (200ml)
  • 1/2 xícara (chá) de água
  • Sal, pimenta-do-reino e salsa picada a gosto
  • 3 xícaras (chá) de farinha de milho
  • 2 colheres (sopa) de farinha de rosca
  • 8 ovos de codorna cozidos e cortados ao meio para decorar
  • Rodelas de azeitona verde e ramos de salsa para decorar.

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, em fogo médio, aqueça o azeite e frite a cebola e o alho por 3 minutos. Adicione o tomate, o extrato, o caldo de galinha e refogue por 2 minutos. Acrescente o frango, a azeitona, a ervilha, o palmito e refogue por 4 minutos, mexendo. Despeje o leite de coco, a água e tempere com sal, pimenta e salsa. Assim que levantar fervura, junte a farinha de milho misturada com a farinha de rosca, mexendo até desgrudar do fundo da panela. Distribua entre copinhos individuais transparentes, decore com uma rodela de azeitona, metade de um ovo de codorna e ramos de salsa. Sirva morno.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

São João: Festa Junina este ano, só em casa !

 Temos um mês atípico, mas é com muita esperança que as famílias irão se reunir em volta de uma fogueira no fundo do quintal,  e comemorar o tão animado SÃO JOÃO!

As festas do mês de junho e julho são bastante conhecidas por todos os brasileiros e, pensando nisso e na atual situação do país, hoje vamos falar sobre a festa junina  na quarentena.  Mas e então, será que é possível comemorar a festa junina 2020 na quarentena? Vamos falar um pouco mais sobre isso a seguir, vem comigo!


O que não pode faltar de jeito algum é animação na festa junina na quarentena. Afinal, o que move esses eventos é animação de todos. Curta esse momento especial ao lado da sua família ao som de uma boa moda de viola ou um forrozinho!
Uma ótima dica é ficar atenta as lives que irão ocorrer nesse período. Muitos artistas estão investindo em lives super animadas e longas, então, já pode escolher a sua e preparar todo o ambiente com bandeirolas coloridas por exemplo.
Mais um item que não pode ficar de fora é a comida. Vamos combinar, as comidinhas são um ponto alto dessa época e arrancam muitos suspiros. De pamonha, canjica, bolo de milho, quentão e tantas outras coisas que você pode fazer em casa . Da sim para fazer um dia totalmente diferente e voltado para essa festividade que é tão marcante em nosso país.
E então, quem se animou para dançar um forrozinho em casa, ah e não vale ficar de pijama, ok? Certamente, com um pouquinho de paciência, esse evento tão querido voltará a aglomerar como nunca.  Enquanto isso #fiqueemcasa
VIVA SÃO JOÃO!
          

segunda-feira, 22 de junho de 2020

10 livros para crianças e adolescentes lerem durante a pandemia

Durante a pandemia, enquanto todas as crianças estão em casa, a leitura pode ser uma grande companheira. Tanto para as crianças aguçarem a sua imaginação, quanto para que não esqueçam da interação que existia no ambiente escolar.  Igualmente, nesse momento de distanciamento social, também é possível criar momentos positivos e agradáveis. Inegavelmente, a leitura é um belo exemplo de atividade escolar que encanta, ensina e ainda serve para aproximar a família.
Nesse blog post trazemos 10 livros infantojuvenis para ler em tempos de covid-19, que são pérolas da literatura. 

1. Os convidados de Senhora Olga – Eva Montanari


A barata de Franz Kafka, o coelho da história de Alice, a sereia de Hans Christian Andersen, os mosqueteiros de Alexandre Dumas, o barão de Ítalo Calvino, a baleia Moby Dick, Dorian Gray e seu retrato, o Homem de Lata, Pinóquio… Assim, a senhora Olga nunca estava sozinha em seus jantares. Embora cega e morando no alto da colina, toda noite ela recebia um convidado especial que relatava suas aventuras. Na realidade, sua convidada era a neta Nina, que diariamente ia à biblioteca guardar os detalhes de uma história para carregar colina acima.

2. Porquês Jandira Masur

O menino tem muitos porquês. Quer saber, por exemplo, por que os mais velhos sabem o que é certo e o que é errado. Mas uma dúvida maior o atormenta: será que, quando ele crescer e já tiver idade, ainda vai querer saber? Porque ler é, sempre, importante para a educação e a formação dos jovens. Por isso nossa indicação de 15 livros infantis para ler em tempos de covid-19.

3. O menino maluquinho Ziraldo

Na narrativa de Ziraldo encontramos como protagonista um menino que se coloca constantemente em situações de “roubada”. Certamente, o que faz com que o pequeno leitor se sinta projetado no garoto. Sem dúvida, o menino maluquinho é uma criança de dez anos como outra qualquer: dotada de profunda imaginação, quase sem medos, sempre disposta a descobrir algo novo e a investigar o mundo ao redor.

4. Ou isto ou aquilo Cecília Meireles

Essa indicação, dos 10 livros infantis para ler em tempos de covid-19, ensina o pequeno leitor um imperativo da vida: é impossível fugir das escolhas. Através de exemplos simples e cotidianos, o eu-lírico faz com que o leitor perceba que, ao longo do caminho, é preciso escolher. Acima de tudo, estar atento e consciente é fundamental para se decidir entre uma coisa e outra. Afinal, seja qual for a opção tomada, a escolha implicará sempre em perda. Em contraste, ter algo significa, imediatamente, não poder possuir a outra hipótese. Notavelmente, é o que os versos de Cecília ensinam.

5. Marcelo, marmelo, martelo Ruth Rocha

O título do livro faz menção à uma das maiores dúvidas de Marcelo: por que as coisas têm determinados nomes? Inconformado com o nome dos objetos ao seu redor, Marcelo decide dar novos nomes aquilo que ele acha que não combina com o nome que originalmente têm.

6. Reinações de Narizinho Monteiro Lobato

Dois universos paralelos convivem em harmonia: personagens do mundo “real” (Pedrinho, Dona Benta e Tia Nastácia), com criaturas do universo “imaginário” (saci, cuca, princesas encantadas). Primordialmente, o objetivo do autor era fazer com que as crianças, de fato, mergulhassem na história e se divertissem. Certamente, Lobato estava preocupado com a fruição e tinha o desejo de transformar a leitura em um hábito prazeroso e cotidiano dos pequenos.

7. Vidas Secas Graciliano Ramos

O perfeito retrato do retirante nordestino. Assim sendo, a história de Fabiano e sua família, na companhia da cadela Baleia, é contada de uma forma que chama a atenção pela descrição das cenas, das passagens cruas e dolorosas enfrentadas pelo povo do sertão. Além, claro, da abordagem dos aspectos psicológicos de seus personagens.

8 . A megera domada William Shakespeare

Lucêncio, filho de um rico comerciante de Pisa, chega a Pádua para estudar na universidade, mas logo se apaixona por Bianca, filha caçula de um rico mercador e que já tem dois pretendentes. Enquanto isso, Batista Minola, o pai de Bianca, decide que ela só se casará depois da filha mais velha, Catarina, que é considerada uma megera e, por isso, não tem nenhum pretendente. Logo depois, Petrúquio chega a Pádua decidido a se casar com uma moça bem rica para aumentar sua fortuna. Depois de fingimentos, trapaças e trapalhadas, Catarina e Petrúquio se casam e a ex-megera faz um discurso em que defende que as mulheres devem amor, doçura, fidelidade e obediência a seus maridos, que são seus amos e senhores.

9 . O alienista Machado de Assis

Após conquistar respeito em sua carreira de médico na Europa e no Brasil, o Dr. Simão Bacamarte retorna à terra-natal, Itaguaí, para se dedicar ainda mais à profissão. Depois de um tempo na cidade, se casa com a viúva D. Evarista, uma mulher por volta dos 25 anos que não era nem bonita nem simpática. O médico a escolheu por julgá-la capaz de gerar bons filhos, mas acabam não tendo nenhum. Dr. Bacamarte se dedica aos estudos da psiquiatria e constrói um manicômio chamado Casa Verde, para abrigar todos os loucos da cidade e região. Em pouco tempo, o local fica cheio e ele fica cada vez mais obcecado pelo trabalho. No começo os internos eram realmente casos de loucura e a internação aceita pela sociedade. Mas, em certo momento, Dr. Bacamarte passa a enxergar loucura em todos e a internar pessoas que lhe causavam espanto.

10 . O mistério da casa verde Moacyr Scliar

Arturzinho e seus amigos decidem transformar a casa verde, um lendário casarão abandonado na cidade de Itaguaí, em um clube. Não apenas o local abrigara um hospício no século XIX, mas também inspirou Machado de Assis a escrever O alienista. Seja como for, no interior do casarão, os garotos percebem algumas coisas estranhas: o local está limpo e, aparentemente, alguém mora ali. Por conseguinte, para descobrir o que está acontecendo, os meninos terão de recorrer ao conto de Machado de Assis e, nele, encontrarão uma profunda reflexão sobre loucura, autoridade e poder.
Desses 10 livros, quais você já conhecia ou leu? Qual o seu favorito? Qual a lição que você leva e qual aquele que você vai ler novamente?
Essas, são algumas perguntas que o professor pode fazer sobre os livros durante a pandemia. E, assim, trazer e compartilhar a opinião de cada um entre as turmas, proporcionando uma melhor interação.
É fato que a leitura é fundamental para a aprendizagem. Pois, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aperfeiçoa a escrita. O contato diário com os livros auxilia a elaborar e estruturar uma linha de pensamento e importantíssima na hora de produzir textos.
Ler é o ato de aprender por meio da imaginação!