domingo, 16 de maio de 2021

PROJETO REMOTO: AMOR DE MÃE - EM RIMAS E VERSOS

 

A Escola E. Prefeito Clemente Esteves Ferraz realizou no último 08 de maio, a LIVE em homenagem às Mães - AMOR DE MÃE EM RIMAS E VERSOS, usando o gênero lírico ( poético) como expressão da linguagem em composções criadas pelos alunos e animadas em vídeo, nas apresentações musicais ao longo do evento e nos clipes produzidos para enaltecer aquela que representa o amor puro e eterno: a figura da MÃE.

A live que teve duração aproximada de 3h30, foi apresentada pelos professores Vitorley Gil de Amorim e Karina Chaves S. Vaz, contando com a participação da diretora Maria Flor de Maio Silva. Dividida nos quadros: MINHA MÃE É... onde os alunos gravaram vídeos definindo a mãe com apenas 3 palavras; ESPELHO, ESPELHO MEU! em que uma mãe fora escolhida para ter um dia todo seu, dedicado a cuidar da sua estética e melhorar sua autoestima graças à parceria com as melhores profissionais da cidade e por fim, homenageada com presentes e um jantar com a família realizado pela escola; ainda o quadro AMOR DE MÃE, no qual uma Mãe e profissional muito especial fora convidada para uma entrevista ao vivo; também contamos com o momento PAPO DE MÃE , um bate-papo bem descontraído da professora Pollyanna Botelho com uma profissional da saúde que viveu a gravidez no momento mais crítico da pandemia em nossa cidade. A LIVE ainda apresentou o MENSAGEM PRA VOCÊ, com videos de pessoas que atualmente moram distante e que puderam aproveitar esse momento para enviar uma mensagem especial para as suas mães. As produções textuais escolhidas pelos professores de Língua Portuguesa , Adriana Miguel Alchaar e Eduardo Nunes Folgado foram exibidas em vídeos editados, como o FLORES BELAS, da aluna  do 6o. ano, Laís Carvalho; o poema MÃE, escrito por Vitória Alchaar também do 6o. ano; MAMÃE PERFEITA da aluna Eloá Flores, do 7o. ano;  a poesia AMOR DE MÃE de Maria Eduarda  A. Viana que cursa o 8o.ano e, por fim, ETERNA RAINHA da aluna do 9o. ano , Eduarda Costa.  O vídeo SAUDADE DE MÃE contou com a participação da aluna Ana Luisa Flores e emocionou o público, enriquecido com maravilhosa voz de Laryssa Benevides e a canção Fogão à Lenha. Outro momento de grande emoção foi a homenagem realizado pelo aluno Ítalo Miguel Tréguas em O MENINO E SUA MÃE NO COLO, uma homenagem a todas as mães que não estão mais presentes.  Houve a exibição do clipe realizado com a participação de uma mãe e filha , Marineide R. Cabral e Maria Rita R. Cabral , com a canção EU E VOCÊ. Nos últimos momentos da live houve uma homenagem às mães da nossa cidade, com vídeo de fotos e uma homenagem muito especial realizada pelos servidores da escola Clemente às mães com a paródia 1 MILHÃO DE VEZES. Durante a live foram sorteados vários presentes para as mamães com a parceria de empreendedores locais e amigos da escola; e ainda a promoção da MALETA DOURADA que destinou o valor de R$200,00 para quem acertasse o número contido nela.

A noite foi embalada pelas lindas vozes de Layssa Benevides e Daniel com um repertório que toca os corações, depois de um momento "fofura" com os irmãos Hiane e Gabriel com canção COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ!

CONFIRA TODOS OS MOMENTOS DO PROJETO a seguir:


POESIAS:

FLORES BELAS - LAÍS CARVALHO

MÃE- VITÓRIA ALCHAAR

MAMÃE PERFEITA- ELOÁ FLORES

AMOR DE MÃE- MARIA EDUARDA VIEIRA

ETERNA RAINHA - EDUARDA COSTA

CLIPES ESPECIAIS:
SAUDADE DE MÃE - ANA LUISA FLORES

O MENINO E SUA MÃE NO COLO

EU E VOCÊ- MARINEIDE E MARIA RITA CABRAL

1 MILHÃO DE VEZES- SERVIDORES DA ESCOLA CLEMENTE
 

* Edição de vídeos por Isabella Chaves Vaz

GALERIA DE FOTOS:


     


 
 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

SER MULHER NA LITERATURA


"Bem arrumada ou com cara de quem acabou de acordar. Usando uma camiseta surrada, vendo filme no sofá.
Ela é linda de qualquer jeito, porque bonita mesmo é a sua alma...
Não é a cor dos teus olhos, mas a maneira como você enxerga.
Não é o tom de tua pele, mas as cores que colorem seu dia.
Não é a tua formação acadêmica, mas a sabedoria colhida nos dias e o quanto você se debruçou sobre a vida e se permitiu aprender.
O que te faz especial, mulher, é essa tua maneira de descortinar o sol e encantar pessoas.
Esse teu jeito de margem de rio que abriga e ama, sem nada pedir.
Esse teu abraço que inunda tudo e faz mais feliz quem se achega a ti.
Que haja firmeza em seus passos mas, se não houver, que haja alguém do seu lado pra te sustentar.
Que você encontre um grande amor pelo caminho e, se não encontrar, que você entenda que é preciso se amar primeiro.
Que você respire o frescor das manhãs ao longo de sua caminhada, sentindo-se viva.
Que você colha flores de delicadezas à beira da estrada e saia espalhando por aí.
Que você descubra-se todos os dias.
Reinvente-se infinitas vezes.
Ame o quanto souber.
Sorria o quanto puder.
Revolucione seu tempo, gravando, com amor, sua identidade em pedra."

E para você que sempre nos acompanha deixamos dicas de leituras sobre MULHERES reais e fictícias, cheias de ideias e comportamentos inovadores que vão também te inspirar!

Essas dicas foram escolhidas com muito carinho pelo nosso blog para apoiar professores e trabalhar a força feminina no cenário escolar. Esperamos que gostem!






BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL disponibiliza 15.508 itens sobre 193 países entre 8000 a.C e 2000 d.C


São 15.508 itens sobre 193 países entre 8000 a.C e 2000 d.C.

A Biblioteca Digital Mundial, a maior ferramenta de cultura do planeta. Essa mega enciclopédia do conhecimento humano funciona em sete línguas – árabe, chinês, espanhol, francês, inglês, português e russo – e também possui conteúdos em várias outras línguas. As características dos seus mecanismos de busca foram pensadas para facilitar ao máximo as pesquisas interculturais através das diferentes épocas. Todos os milhares de temas oferecidos são acompanhados de descrições e alguns são apresentados em vídeos por bibliotecários e professores especializados, a fim de que os usuários possam situar o seu contexto. Tais ferramentas e técnicas pretendem despertar a curiosidade dos estudantes e do público em geral, com o objetivo de estimular o conhecimento do patrimônio cultural de todos os povos e países.

Concebido e preparado por uma equipe da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, o site da Biblioteca Digital Mundial da Unesco contou com a participação e a colaboração ativas da Biblioteca Alexandrina do Egito e da Fundação Biblioteca Nacional brasileira, além de outras bibliotecas nacionais e instituições culturais de dezenas de outros países.

Entre os tesouros culturais apresentados na Biblioteca Digital Mundial, estão as imagens de estelas e ossos para oráculos pertencentes à Biblioteca Nacional da China; manuscritos científicos árabes; fotografias antigas do Brasil e da América Latina; o Hyakumanto darani, uma publicação do ano 764 custodiada na Biblioteca Nacional do Japão; a famosa Bíblia do Diabo, do século 13, pertencente à Biblioteca Nacional da Suécia; obras caligráficas em árabe, persa e turco, provenientes da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Nela pode-se também encontrar a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século 16 considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das “Fábulas” de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

O site permite ao internauta orientar sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela web, sem necessidade de se registrarem. Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Alguns itens presentes na Biblioteca:

A maldição de Ártemis – Fragmento

A maldição de Ártemis – Fragmento
Descrição: Esta antiga maldição é um dos mais antigos documentos gregos em papiro do Egito. Com data do século IV a.C., é originário da comunidade de gregos jônicos estabelecida em Mênfis, no Baixo Egito. A cultura grega passou a ser dominante em Mênfis, especialmente depois de 332 a.C., quando Alexandre, o Grande foi coroado faraó no templo do deus Ptah. No documento, Ártemis, de quem quase nada se sabe, apela para o deus greco-egípcio Seráfis punir o pai de sua filha por privar a criança dos ritos funerários e negar-lhe um enterro. Seráfis foi identificado com o touro mumificado Ápis, considerado uma manifestação de Ptah, e com o deus egípcio Osíris. Por vingança, Ártemis exige que o homem – cujo nome não é mencionado no texto – seja privado de ritos funerários semelhantes para seus pais e ele próprio. Suas palavras drásticas são um exemplo notável da grande importância da tradição dos ritos funerários gregos e egípcios. O papiro pertence à coleção de papiros da Biblioteca Nacional Austríaca, que foi montada no século XIX pelo arquiduque Rainer. Em 1899 a coleção foi doada ao imperador Franz Joseph I, que a tornou parte da coleção da Hofbibliothek (Biblioteca Imperial), de Viena. Uma das maiores coleções do gênero no mundo, a Coleção de Papiros (Coleção Erzherzog Rainer) foi inscrita no Registro da Memória do Mundo da UNESCO em 2001.

Ventos das Quatro Direções

Ventos das quatro direções
Descrição: Este oráculo feito de osso por volta de 1.200 B.C. contém 24 caracteres em quatro grupos em um estilo vigoroso e forte, típico do grupo Bin de adivinhadores no reino de Wu Ding (circa 1200-1889 B.C.). Grava os deuses das quatro direções e dos quatro ventos. Os ventos das quatro direções refletem os equinócios da primavera e outono, os solstícios do verão e inverno, e as mudanças das quatro estações. Os quatro ventos são o vento leste, chamado Xie; o vento sul, chamado Wei, o vento oeste, chamado Yi (segundo tom em Mandarim); e o vento do norte, chamado Yi (primeiro tom em Mandarim). Constituem o sistema padrão sazonal independente concebido pelo povo Yin, e serviu como base importante para o calendário e a determinação de meses intercalados. Este item é da coleção de 35,651 exemplares de plastrões e ossos da Biblioteca Nacional da China, que constitui um quarto de todos os ossos de oráculos descobertos até à data, e considerada a melhor coleção na China.

Pintura em Pedra S00176, Belém, Município do Distrito de Dihlabeng, Estado Livre, África do Sul

Pintura em Pedra S00176, Belém, Município do Distrito de Dihlabeng, Estado Livre, África do Sul
Esta pintura rupestre San representa um antílope cor de ameixa- avermelhada, de cabeça para baixo, com um sangramento no focinho e, no canto superior esquerdo, um antílope menor, pintado em amarelo, também sangrando pelo focinho. Tanto a postura de cabeça para baixo quanto as emanações nasais indicam morte. Para os San, esta morte era tanto literal quanto metafórica. Metaforicamente, a morte envolvia a passagem de um feiticeiro para o Mundo Espiritual que se acreditava existir por detrás da superfície rochosa. A pintura é do Estado Livre da África do Sul oriental, que é conhecida por suas representações de antílopes de cabeça para baixo em uma variedade de contextos incomuns. A imagem da pintura faz parte da Coleção de Arte Rupestre de Woodhouse, do Departamento de Serviços Biblioteconômicos da Universidade de Pretória. A coleção inclui mais de 23.000 slides, mapas e esboços provenientes de inúmeros locais de arte rupestre na África do Sul. Os San são povos caçadores-coletores que viveram ao longo de toda a África Austral e Oriental durante milhares de anos antes de serem expulsos por tribos africanas e colonos europeus. Os povos San continuam a viver no Deserto de Kalahari, na parte em que este cobre a Namíbia.

Povos de várias Nações

Povos de várias Nações
Durante os quase dois séculos de contato externo restrito durante o período Edo (1600-1868), os japoneses ainda mantinham uma curiosidade sobre as culturas estrangeiras. Este mapa, publicado no início do século XIX, mostra um enorme arquipélago representando o Japão no centro do mundo. Estão presentes no mapa inserções de imagens e descrições de pessoas estrangeiras, a distância entre o Japão e suas terras, e as diferenças climáticas. Os locais indicados incluem o “País Pigmeu, 14.000 ri” (1 ri = 2,4 milhas), “País da Mulher, 14.000 ri”, e “País do povo negro, 75.000 ri.” No parte inferior direita, a América é dita ser povoada por “pessoas que são mais altas que em nosso país, brancas e lindas … quanto mais ao sul você vai, as pessoas tornam-se maiores; no extremo sul da América do Sul está Chiika-koku (país de pessoas altas).” As descrições dão a noção de conhecimento geográfico limitado e as representações estereotipadas dos estrangeiros no Japão nesse período.

Mapa do Brasil, por John Rapkin (1851)

Brasil
Descrição: Este mapa do Brasil é um mapa de Tallis, identificável pelo estilo pergaminho nas bordas e pelas cenas ricamente ilustradas nele inscritas. John Tallis e Cia. era uma empresa britânica de cartografia que funcionou entre cerca de 1835 a 1860. O mapa foi elaborado e gravado pelo cartógrafo John Rapkin. Os mapas de Tallis eram conhecidos por seus desenhos precisos e numerosos topônimos e detalhes geográficos, bem como pela utilização de áreas sombreadas para indicar características topográficas. A beleza artesanal do mapa pode ser vista nas ilustrações coloridas dos quatro cantos que mostram “Barcos no Rio Negro” (canto superior esquerdo), “Santa Catarina” (canto superior direito), “Montevidéu” e “Cabo de Santo Antonio, Bahia” (abaixo, à esquerda), e “Rio de Janeiro” (abaixo, à direita).

quarta-feira, 7 de abril de 2021

100 GRANDES POETAS BRASILEIROS QUE VOCÊ PRECISA LER OU RELER

 


100 poetas!

A poesia brasileira teve sua história iniciada no século XVI e transitou por diversos estilos:  o barroco, o arcadismo, o romantismo, o parnasianismo, o simbolismo e o modernismo. E, ao longo dos anos, muitos poetas deixaram uma marca indelével na história da literatura nacional. Então, se você é fã de poesia, aqui vai uma super dica, fizemos um apanhado de poetas brasileiros de diferentes períodos para você ler ou reler.

“[…] o poema não está fora do tempo. Ele pretende certamente o infinito, mas ele busca passar através do tempo – através, não acima.”

– Paul Celan, transcrito em “O mundo sitiado- A poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial”, de Murilo Marcondes de Moura. São Paulo: Editora 34, 2016.

Aqui fizemos um apanhado de 100 poetas, de diferentes períodos e estilos.

Ao clicar sob o nome você será direcionado(a) a uma página com os dados sobre o(a) autor(a) (biografia, obras e poemas).

Advertimos que nem todas as páginas estão publicadas em nossos sites, então, alguns links são externos. No mais, gostaríamos de ressaltar que a lista é apenas uma indicação de poetas que consideramos relevantes de algum modo, portanto, não está completa e de longe pretende ser definitiva.

“EU CANTO porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta.”
– Cecília Meireles, do poema ‘Motivo’. no livro “Viagem”. 1939.

Confira e boa leitura!

  1. Abdias do Nascimento (1914-2011)
  2. Adalgisa Nery (1905-1980)
  3. Adélia Prado (1935 -) + poemas
  4. Adão Ventura (1946-2004)
  5. Affonso Romano de Sant’Anna (1937 – )
  6. Alberto de Oliveira [Antônio Mariano Alberto de Oliveira].. (1857-1937)
  7. Alice Ruiz (1946-…)
  8. Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)
  9. Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008)
  10. Álvares de Azevedo (1831-1852)
  11. Ana Cristina Cesar (1952-1983)
  12. Ariano Suassuna (1927-2014)
  13. Augusto de Campos (1931 -)
  14. Augusto de Lima (1859-1934)
  15. Augusto dos Anjos (1884-1914)
  16. Augusto Frederico Schmidt (1906-1965)
  17. Augusto Meyer (1902-1970)
  18. Auta de Souza (1876-1901)
  19. Basílio da Gama (1741-1795)
  20. Cacaso [Antônio Carlos de Brito].. (1944-1987)
  21. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) + fortuna crítica + poemas
  22. Carlos Nejar (1939 -)
  23. Carolina Maria de Jesus (1914-1977)
  24. Casimiro de Abreu (1839-1860)
  25. Cassiano Ricardo (1895-1974)
  26. Castro Alves (1847-1871)
  27. Cecília Meireles (1901-1964) + fortuna crítica + poemas
  28. Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
  29. Cora Coralina (1889-1985) + poemas
  30. Cristiano Menezes (1948-2016)
  31. Cruz e Sousa (1861-1898)
  32. Da Costa e Silva (1885-1950)
  33. Deborah Brennand (1927-2015)
  34. Décio Pignatari (1927-2012)
  35. Domingos Gonçalves de Magalhães (1811-1882)
  36. Dora Ferreira da Silva (1918-2006)
  37. Fagundes Varela (1841-1875)
  38. Fausto Rodrigues Valle (1930-2010)
  39. Ferreira Gullar (1930-2016)
  40. Francisca Júlia (1871-1920)
  41. Gilberto Mendonça Teles (1931-)
  42. Gilka Machado (1893-1980)
  43. Gonçalves Dias (1823-1864)
  44. Gregório de Matos (1636-1678)
  45. Guilherme de Almeida (1890-1969)
  46. Haroldo de Campos (1929-2003)
  47. Helena Kolody (1912-2004)
  48. Henriqueta Lisboa (1901-1985)
  49. Hilda Hilst (1930-2004) + poemas
  50. Ivan Junqueira (1934-2014)
  51. Jacinta Passos (1914-1973)
  52. Jamil Almansur Haddad (1914-1988)
  53. João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
  54. João Guimarães Rosa (1908-1967) + poemas
  55. Jorge de Lima (1893-1953)
  56. José de Anchieta (1534-1597)
  57. José Godoy Garcia (1918-2001)
  58. José Lino Grünewald (1931-2000)
  59. José Paulo Paes (1926-1998)
  60. Júlia Cortines (1863-1948)
  61. Laís Corrêa de Araújo (1923-2006)
  62. Lara de Lemos (1923-2010)
  63. Lêdo Ivo (1924-2012) + poemas
  64. Lila Ripoll (1905-1967)
  65. Lindolf Bell (1938-1988)
  66. Machado de Assis (1839-1908)
  67. Manoel de Barros (1916-2014) + fortuna crítica + poemas I + poemas II
  68. Manuel Bandeira (1886-1969) + poemas
  69. Manuel Inácio da Silva Alvarenga (1749-1814)
  70. Mariajosé de Carvalho (1919-1995)
  71. Mário Chamie (1933-2011)
  72. Mario de Andrade (1893-1945)
  73. Mario Quintana (1906-1994) + poemas I + poemas II
  74. Mário Faustino (1930-1962)
  75. Marina Colasanti (1937 -)
  76. Marly de Oliveira (1938-2007)
  77. Max Martins (1926-2009)
  78. Murilo Mendes (1901-1975)
  79. Myriam Fraga (1937-2016)
  80. Narcisa Amália de Campos (1852-1924)
  81. Olavo Bilac (1865-1918)
  82. Olegário Mariano (1889-1958)
  83. Orides Fontela (1940-1998)
  84. Oswald de Andrade (1890-1954)
  85. Patativa do Assaré (1909-2002)
  86. Patrícia Galvão, a Pagú (1910-1962)
  87. Paulo César Pinheiro (1949 -)
  88. Paulo Leminski (1944-1989) + poemas
  89. Paulo Mendes Campos (1922-1991)
  90. Paulo Plínio Abreu (1921-1959)
  91. Raimundo Correia (1859-1911)
  92. Ronald de Carvalho (1893-1935)
  93. Solano Trindade (1908-1974)
  94. Sousândrade [Joaquim Manuel de Sousa Andrade].. (1833-1902)
  95. Thiago de Mello (1926 -)
  96. Tobias Barreto (1839-1889)
  97. Tomás António Gonzaga (1744-1810)
  98. Torquato Neto (1944-1972)
  99. Vinicius de Moraes (1913-1980) + poemas + poemas
  100. Vicente de Carvalho (1866-1924)
DAS UTOPIAS
                                                                       Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
– Mario Quintana, no livro “Espelho Mágico” (1951)

segunda-feira, 5 de abril de 2021

A LITERATURA DE CORDEL COMO RECURSO PEDAGÓGICO.


A simplicidade é uma marca forte da Literatura de Cordel: os relatos sobre eventos históricos, artísticos e folclóricos ganham destaque em versos destituídos de formalidade, para alcançar uma linguagem apropriada de interação com o povo sobre assuntos importantes e diversos.

A expressividade e emoção com que os cordelistas apresentam suas rimas encantam a todos e faz desse gênero literário um dos mais queridos e respeitados em solo brasileiro.

Para incentivar a leitura e estimular o interesse pela cultura, muitas escolas adotam a Literatura de Cordel como um recurso pedagógico, promovendo a participação dos alunos e o desenvolvimento criativo das produções de texto.

Neste artigo, vamos conhecer detalhes sobre a Literatura de Cordel, além dos autores que se inspiraram no gênero para apresentar sua arte e todos os benefícios à formação socioemocional do aluno.

A origem da Literatura de Cordel

No ápice do Renascimento em pleno século XVI, quando a arte clássica — grega e romana — se reinventou para apresentar um novo contexto de expressão e reprodução dos relatos orais dos trovadores, surgiram os primeiros passos para a popularização dos versos, desenhados sobre o papel ou superfície plana.

A literatura impressa em folhetos ou panfletos ganhou toda a Europa, sendo Portugal o responsável por introduzir no Brasil, desde o início da colonização, a Literatura em Cordel — que ganhou esse nome pelo fato de os portugueses venderem seus folhetos em feiras e praças, pendurados em cordéis.

O gênero teve maior expressão no interior do Nordeste e rendeu belas histórias nos relatos sobre a vida de Lampião e suas aventuras no cangaço. Toda forma de amor, lamento ou prece também   podiam servir de motivação para poetas inspirados e com talento nato para narrar as dores e as alegrias da vida pitoresca do sertão.

A Literatura de Cordel também é reconhecida como um gênero crítico e informativo. Ainda que de forma divertida e descompromissada, esses poetas itinerantes levavam ao povo das cidades, as notícias e reflexões que escreviam em versos e se responsabilizavam pela impressão, divulgação e venda dos próprios trabalhos. Com boa dose de humor e ironia, os cordelistas recitavam fatos históricos e políticos, e também os dramas da população a serem resolvidos com a astúcia dos personagens que criavam para protagonizar as narrativas.

Características marcantes

As particularidades do estilo literário resultaram em algumas características interessantes na concepção e abordagem dos temas, que são tradicionalmente trabalhados não apenas em versos, mas também na arte da xilogravura —o entalhamento dos desenhos em prancha de madeira para ilustrar cada história.

Com uma produção simples e impressão de baixo custo, o valor de venda dos cordéis nos mercados e feiras populares era acessível a um grande público. O cordel funcionou, portanto, como forma de disseminação de valores culturais regionais, promovendo o conhecimento popular e a sobrevivência de mitos, lendas e tradições folclóricas do nordeste brasileiro.

Os textos românticos eram compostos de narrativas descritivas de personagens, súplicas e preces das figuras principais, sempre girando em torno de uma problemática carecendo da capacidade de solução que só um protagonista esperto e inteligente pudesse oferecer.

Há sempre um casal com impedimentos de viver o grande amor pela proibição dos pais que, com poder sobre o destino dos filhos, promoviam noivados e casamentos arranjados pelos interesses financeiros e de posses.

O personagem principal ao final se tornava o herói vitorioso com o apoio, a aprovação e admiração de todos. Mesmo que o cenário não o favorecesse, com inteligência peculiar, tratava de reverter qualquer situação desfavorável à sua felicidade.

Principais autores

A Literatura de Cordel sempre teve grande apelo popular. Ainda hoje estimam-se mais de quatro mil cordelistas vivendo de suas composições, que versam sobre diferentes assuntos e acontecimentos. Elencamos alguns já bastante renomados por sua contribuição à arte:

  • Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré)
  • Cuica de Santo Amaro;
  • Firmino Teixeira do Amaral;
  • Gonçalo Ferreira da Silva;
  • Guaipuan Vieira;
  • Homero do Rego Barros;
  • João de Cristo Rei.
  • João Martins de Athayde;
  • José Alves Sobrinho;
  • Leandro Gomes de Barros;
  • Manoel Monteiro;
  • Téo Azevedo.

Um dos personagens mais queridos da Literatura de Cordel é João Grilo — fictício nos contos populares em Portugal e também no Brasil, trata-se de um anti-herói, de aparência frágil e tola, mas com grande astúcia e capaz de se desvencilhar das mais complexas enrascadas.

Selecionamos um trecho do poema de João Martins de Athayde intitulado “As Proezas de João Grilo”, para apresentar o estilo de linguagem e as características do personagem.

João Grilo foi um cristão
Que nasceu antes do dia
Criou-se sem formosura
Mas tinha sabedoria
E morreu depois das horas
Pelas artes que fazia.

[…]

João Grilo chegou na corte
Cumprimentou o sultão
Disse: pronto, senhor Rei
(deu-lhe um aperto de mão)

Com calma e maneira doce
O sultão admirou-se
Da sua disposição.

Formas de utilização da Literatura de Cordel 


 A didática tradicional, acusada de falta de interatividade e conexão pedagógica, pode se servir da simplicidade dos versos em cordel para aproximar os alunos de alguns temas.

Encontrar o tom da participação do aluno  é fundamental para que o professor consiga desenvolver a capacidade de absorção com reflexos satisfatórios no comportamento, aproveitamento e resultados.

Ao levar os princípios da Literatura de Cordel para o ambiente escolar, qualquer conteúdo poderá ser assimilado e descrito em versos pelos próprios alunos. O ritmo cadenciado, as métricas e as rimas do texto não apenas instigam a capacidade de criação como favorecem e memorização. Além disso, a leitura de cordéis já consagrados ajudam a resgatar a memória de fatos históricos que não se devem perder no tempo.

Pode-se inicialmente introduzir a abordagem do gênero literário em disciplinas como Português, Literatura e Produção Textual, ampliando o conhecimento de mundo, o repertório cultural, a empatia e a criatividade textual. Posteriormente, é possível aplicá-lo às demais disciplinas (História, Geografia, Ciências), de forma a servir-se do estilo para o desenvolvimento e a assimilação de conteúdos.

Para além do trabalho desenvolvido em sala de aula, é possível ainda promover eventos com apresentações culturais — teatro, dança, música, poesia — tendo como pano de fundo a Literatura de Cordel, oportuniza a participação da família para acompanhar o desempenho escolar dos seus filhos ao mesmo tempo em que fortalece os vínculos e aprendizados mútuos.

Benefícios para o aluno

A Literatura de Cordel tem base na oralidade, e lançar o desafio para os alunos pode ajudar a desenvolver a inteligência, o senso crítico, a capacidade de oratória e a organização das ideias.

Ao falar de amor, de enfrentamentos e desafios, cada aluno terá a oportunidade de se conectar com as emoções e desempenhar um papel diferente do qual está acostumado, percebendo as variações da existência humana e como é possível adaptar-se para ser bem-sucedido.

Por fim, a Literatura de Cordel, quando aplicada em sala de aula, pode restabelecer o contato com elementos populares de grande relevância para a formação cultural e histórica do país. Personagens, fatos e valores esquecidos com o passar do tempo, podem ser facilmente recuperados com o auxílio do cordel. Temas que poderiam passar despercebidos pela ausência de estudo e estímulo, podem vir a ser valorizados e recitados em voz alta pelos jovens.

Cordel da Informação

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