A BIBLIOTECA JOSÉ DE ANCHIETA realiza projeto em reverência ao DIA MUNDIAL DA POESIA, 21 de março, em homenagem aos 200 anos de GONÇALVES DIAS.
Gonçalves Dias foi um dos maiores poetas da primeira geração romântica do Brasil. Foi patrono da cadeira 15 na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Lembrado como poeta indianista, ele escreveu sobre temas relacionados à figura do índio. Além de poeta, ele foi jornalista, advogado e etnólogo.
Biografia
Ali, na época capital do Brasil, ele trabalhou como jornalista e crítico literário nos jornais: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia.
Também foi um dos fundadores da Revista Guanabara, importante veículo de divulgação dos ideais românticos. Em 1851 publica o livro "Últimos Cantos".
Nessa época conhece Ana Amélia, mas por ser mestiço, a família dela não permitiu o casamento. Assim, casa-se com Olímpia da Costa, com quem não era feliz.
Em 1854 parte para a Europa e encontra sua Ana Amélia, já então casada. Desse encontro nasce o poema “Ainda uma vez-adeus!”.
Em 1864, depois de uma temporada na Europa para tratamento de saúde, embarca de volta a sua terra natal, ainda debilitado.
No dia 3 de novembro de 1864 o navio em que estava naufraga. O poeta falece próximo ao município de Guimarães, Maranhão, aos 41 anos de idade.
Principais Obras e Características
Obras Indianistas
O indianismo marcou a primeira fase do romantismo no Brasil. Com isso, diversos escritores focaram na figura do índio idealizado.
Além desses temas, as obras desse primeiro momento também apresentavam um caráter muito nacionalista e patriótico. Por isso, essa fase ficou conhecida pelo binômio indianismo-nacionalismo.
Da obra indianista de Gonçalves Dias destacam-se: Canção do Tamoio; I-Juca-Pirama; Leito de folhas verdes; Canto do Piaga.
Obras Lírico amorosas
Nessa fase Gonçalves Dias exaltou o amor, a tristeza, a saudade e a melancolia. De sua obra poética merecem destaque: Se se morre de amor; Canção do exílio; Sextilhas de Frei Antão.
Seus livros são: Primeiros Cantos; Segundos Cantos; Últimos e Cantos.
Canção do Exílio
Sem dúvidas, Canção do Exílio é um dos poemas mais emblemáticos do escritor. Publicado em 1857, nesse poema Gonçalves Dias expressou a solidão e a saudade que sentia da sua terra quando esteve em Portugal. Neste ano, comemoramos os 180 anos da sua criação.
Minha
terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui
gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu
tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos
bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar,
sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra
tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha
terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em
cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu
lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não
permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem
que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem
qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Poemas
Confira abaixo também alguns trechos dos melhores poemas de Gonçalves Dias:
Canção do Tamoio
Não
chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta
renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os
fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Um
dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só
teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer
seja tapuia,
Condor ou tapir.
I-Juca-Pirama
Meu
canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas
selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da
tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado
inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou
filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Se se morre de Amor
Se
se morre de amor! — Não, não se morre,
Quando é fascinação
que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando
luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam
n'alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve,
e no que vê prazer alcança!
(...)
Esse,
que sobrevive à própria ruína,
Ao seu viver do coração, —
às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as
sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futurar
venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que
à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura
encontra
Dos males seus o desejado termo!
POETIZE!
AGORA É A SUA VEZ!
Releia CANÇÃO DO EXÍLIO e produza uma paródia bem interessante deste poema. Você concorrerá aos seguintes prêmios :
3° lugar: Pix no valor de R$50.00 + prêmio de participação
2° lugar: Pix no valor de R$100.00 + prêmio de participação
3° lugar: pix no valor de R$150.00 + prêmio de participação
*Os 10 melhores textos selecionados receberão prêmios de participação.
*Qualquer tentativa de plágio desclassificará a produção de texto.
Fique de olho no cronograma:
10 de março- último dia para você entregar a sua paródia à Biblioteca José de Anchieta
17 de março- Publicação dos 10 melhores textos neste blog para serem votados pelo público.
ATENÇÃO: CADA VISITANTE OU SEGUIDOR DO BLOG SÓ PODERÁ VOTAR UMA ÚNICA VEZ , deixando nos COMENTÁRIOS DA PÁGINA o número referente ao poema escolhido.
21 de março: As 3 paródias mais votadas serão premiadas conforme já citado com direito a fotos aqui no blog!
Número 1
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